A origem do nome Black Friday

O primeiro registo do uso do termo “Black Friday” data de 1869. Dois empresários de Wall Street, Jay Gould e Jim Fisk, engendraram um plano para viciar o mercado do ouro na Bolsa de Valores de Nova Iorque, comprando o máximo de ouro que conseguissem na esperança de aumentar o preço astronomicamente e vendê-lo com enorme lucro. Na sexta-feira de 24 de setembro de 1869, a conspiração foi descoberta e o governo norte-americano interviu, levando o mercado de ações a ruir. Nesse dia várias fortunas foram perdidas, levando milionários à falência.

No entanto, a versão mais popularizada é a de que a origem do nome Sexta-Feira Negra vem do facto de as lojas operarem no “vermelho” (com perdas) o ano inteiro e a sexta-feira após o Dia de Ação de Graças ser o primeiro dia em que lucravam, devido à afluência dos consumidores às lojas. Como tradicionalmente os dias de lucro eram assinalados a preto, surge o nome Black Friday.

O termo permaneceu discreto na cultura popular até meados de 1960, quando a polícia de Filadélfia começou a designar o dia após o Dia de Ação de Graças de sexta-feira negra, devido à enchente de pessoas que invadia a cidade no início da temporada de compras de Natal.

A loucura das compras

Nos anos recentes, a Black Friday tem ganho importância na vida dos comerciantes e consumidores. Para os primeiros, é a oportunidade para aumentar exponencialmente as vendas, promovendo grandes promoções e descontos. Muitas lojas alargam o horário de funcionamento e baixam significativamente os preços de forma a atrair a clientela.

Para os consumidores, a Black Friday marca o início das compras de Natal e a oportunidade para adquirir produtos específicos a preços muito reduzidos. Nos EUA a loucura é tanta que todos os anos se registam conflitos entre clientes. Em Portugal, onde a Black Friday ainda é uma tradição relativamente recente no comércio, as compras fazem-se nas lojas físicas e nas lojas online.

Atenção às fraudes

Apesar de a Black Friday ser uma excelente oportunidade para adquirir alguns produtos a preço reduzido, convém ter atenção e não se deixar enganar pelos falsos descontos. Em 2015, a Associação Portuguesa de Defesa dos Consumidores (DECO) identificou várias situações em que existiu manipulação de preços: muitas lojas aumentraam os preços alguns dias antes da Black Friday, anunciando depois um falso desconto. Segundo a DECO, no ano passado, um em cada vinte produtos com descontos na Black Friday violava a lei das práticas comerciais desleais.

Assim, deixamos-lhe umas dicas para tirar o máximo proveito da Black Friday sem cair em enganos.

Faça uma lista dos produtos que deseja comprar, e compre só aquilo que colocou na lista. Ver tantos produtos em promoção pode ser atrativo, mas desta forma evita comprar produtos que não precisa.

Pesquise os preços previamente. Como já referimos, algumas lojas sobem os preços antes da Black Friday para anunciar falsos descontos. Esteja atento ao histórico de preços dos produtos que pretende adquirir e certifique-se que está, de facto, a comprar com desconto.

Boas compras!