Se o telemóvel possuía um browser para aceder à internet, esse browser era utilizado para pouco mais do que pesquisas pontuais. Gradualmente, a utilização de smartphones e tablets tornou-se tão natural como qualquer outra ação do dia-a-dia. Se as pesquisas em dispositivos móveis aumentaram de forma a ultrapassar as pesquisas feitas em computadores, também o recurso a aplicações móveis aumentou significativamente.

Existem aplicações para tudo: compras, serviços, gestão de finanças pessoas, restauração, etc. Muitas até funcionam offline, ou seja, não necessitam de acesso à internet para funcionarem. Segundo o site mobileappdaily.com, em 2017 foram feitos 254 bilhões downloads de aplicações através de várias plataformas. Estes números dizem muitos sobre a utilização de aplicações móveis hoje em dia.

De seguida, apontamos as principais tendências para o desenvolvimento de aplicações móveis em 2018, com as funcionalidades mais apetecíveis e os recursos mais utilizados.

1. A Internet das Coisas e a Inteligência Artificial

O conceito de “Internet das Coisas” define a rede de dispositivos físicos do dia-a-dia (veículos, eletrodomésticos, etc) conectados à internet que permitem que esses objetos troquem dados. Exemplos de aplicações integradas populares relacionadas com a Internet das Coisas são:

BlueSmart App- Localização de bagagem a partir de qualquer local, gratuitamente.

U by Moen - Personalização e controlo do chuveiro através do smartphone.

Ring Video DoorBell - Permite abrir a porta de casa a partir de qualquer local.

A Inteligência Artificial é outra das tendências crescentes e está de muitas formas ligada à Internet das coisas. A Inteligência Artificial já está presente no nosso quotidiano, mesmo sem nos apercebermos. O corretor ortográfico do smartphone ou o GPS do telefone, que utilizamos diariamente, são exemplos perfeitos disso.

O CEO da Google Sundar Pichai disse em comunicado que a empresa tecnológica está a mudar a sua abordagem de Mobile-primeiro para Inteligência Artificial - primeiro.

Neste momento, muitas aplicações móveis incorporam chatbots com Inteligência Artificial. Segundo a Forbes, o investimento em Inteligência Artificial por parte das empresas vai atingir os 30 biliões de dólares até 2025.

2. Aplicações na Cloud

A computação em nuvem permite reduzir os custos em serviços de alojamento, mais espaço para armazenar ficheiros, dados, etc e mais capacidade de retenção de utilizadores. As aplicações que utilizam computação na nuvem podem ser executados em qualquer lugar, desde que exista uma ligação à Internet. Alguns exemplos de aplicações na Cloud que já utilizamos atualmente são o Adobe Creative Cloud e o G Suite.

O Adobe Creative Cloud é a versão na nuvem do pacote Adobe. A plataforma armazena o trabalho sempre que pára, à semelhança do que acontece com os ficheiros editados no Google Drive. O G Suite é um dos melhores serviços disponíveis para as empresas, incluindo email, calendários, serviços de mensagem, entre outros. O armazenamento na Cloud permite que tenha um escritório em qualquer parte do mundo, desde que possua acesso à internet.

Estima-se que o número de aplicações na Cloud aumente significativamente em 2018, sendo uma das tendências mais apontadas pelos especialistas.

3. Realidade Aumentada

A Realidade Aumentada consiste na combinação de dados digitais com o ambiente do utilizador em tempo real. Ainda são poucas as aplicações que ganharam a atenção dos utilizadores por recorrerem à Realidade Aumentada, mas alguns desses exemplos são: SketchAR, Ikea, Starbucks, o Google Tradutor e claro, o PokémonGo. A Realidade Aumentada está logicamente ligada aos jogos eletrónicos e espera-se que o número de utilizadores deste tipo de tecnologia aumente bastante em 2018, bem como o desenvolvimento deste tipo de apps.

Estas são três das mais importantes tendências no desenvolvimento de aplicações móveis para este ano, tendências essas que a nossa equipa considera muito interessantes e gostaria de explorar em projetos num futuro próximo.. Abordaremos outras tendências num artigo futuro.